Projeto de responsabilidade social
O difícil acesso à água potável na Guiné-Bissau constitui um dos grandes problemas que se vive neste país. O consumo de água sem risco de contaminação é atualmente uma das dificuldades deste povo, com graves repercussões na saúde e bem-estar de toda a população.
Zona Execução Projeto
O setor de Bigene (mais de 50 mil pessoas) está localizado na região de Cacheu. É geograficamente um dos maiores do país, com numerosas escolas rurais no interior da floresta ou selva, o que dificulta o controle da gestão das escolas e a sua qualidade educativa.
Por se tratar de uma zona de fronteira, no norte do país, e confrontar com o Cassamance Senegalês, uma área historicamente em disputa com o governo do Senegal pela sua independência, soma à grande pobreza dos seus habitantes, a presença de elementos da guerrilha de Cassamance. Tal levou a um abandono sistemático da zona por parte do governo central, pelo que o acesso aos serviços sociais básicos é praticamente inexistente nas aldeias do interior. Não há escolas em muitas das aldeias e, quando existem, são construídas com ramos de palmeira ou paredes de barro, o que as torna escuras e inseguras. As mesas são feitas pela comunidade com paus e troncos e muitas vezes não têm quadro ou giz e o professor, se houver, costuma ser um filho da tabanca com um pouco de formação básica.
O setor de Bigene evidencia uma situação de grave insuficiência socioeconómica. A população dedica-se principalmente à monocultura do caju, com sérios problemas para a sua comercialização e preço de venda muito baixo e algumas espécies hortícolas para autoconsumo. Há criação de gado incipiente e de autoconsumo, principalmente caprinos e galinhas.
Nos últimos meses, com a seca, começaram a acentuar-se os problemas de falta de acesso à água potável e os poços ficaram sem água. As alterações climáticas são uma realidade e com elas vêm outros problemas, como a escassez de alimentos e o escasso acesso a água boa para ser consumida, deteriorando as condições de saúde e de vida de toda esta população.
Zona de Execução do Projeto
A HumanitAVE desde a sua génese, já fez a reabilitação e construção de muitas escolas em território Guineense e tem projetos implementados nas áreas da nutrição, saúde, fisioterapia, educação e direitos humanos.
Todos estes projetos visam melhorar as condições de vida de toda esta população, reduzindo disparidades e problemas socioeconómicos.
Objetivos:
Construção de 11 Furos de Água nas seguintes tabancas: Sambuia; Talicó; Tabadjan; M´ Banha; Seenquer-Bá; Bambeia; Quicir; Djambam; Suar; Sano; Massacunda
- Disponibilizar água potável a cerca de 15 mil pessoas;
- Reduzir a desnutrição;
- Reduzir as migrações forçadas;
- Reduzir doenças como a diarreia, infeções bacterianas e cólera.
Financiadores:
- Luca Carvalho – Floki
- Mario Geadas – Leme Arquitetura e construção
- Rui Pedro Alves – Rupeal
- Rui Miranda e José Lemos – CLEARWATER
- Helder – Fitness UP
- Sr. Luís – Heliclima
- Gonçalo Mendes – Oxy Capital
- Fernando Roldao – Brasmar
- João Teixeira – F4Build
- Ricardo Martins – Grupo Ferreira Martins
A disponibilidade de água de qualidade é um recurso vital e o direito a ela precisa ser assegurado a todos.